Nosso Projeto Anual 2019 teve como base a ARTE de viver e a letra de Alagados...
A
A Arte
A
Todo dia
O sol da manhã vem e lhes desafia
Traz do sonho pro mundo quem já não queria
Palafitas, trapiches, farrapos
Filhos da mesma agonia
E a cidade
Que tem braços abertos num cartão-postal
Com os punhos fechados da vida real
Lhes nega oportunidades
Mostra a face dura do mal
Alagados, Trenchtown, Favela da Maré
A esperança não vem do mar
Nem das antenas de tevê
A arte é de viver da fé
Só não se sabe fé em quê
Todo dia
O sol da manhã vem e lhes desafia
Traz do sonho pro mundo quem já não queria
Palafitas, trapiches, farrapos
Filhos da mesma agonia
O sol da manhã vem e lhes desafia
Traz do sonho pro mundo quem já não queria
Palafitas, trapiches, farrapos
Filhos da mesma agonia
E a cidade
Que tem braços abertos num cartão-postal
Com os punhos fechados da vida real
Lhes nega oportunidades
Mostra a face dura do mal
Que tem braços abertos num cartão-postal
Com os punhos fechados da vida real
Lhes nega oportunidades
Mostra a face dura do mal
Alagados, Trenchtown, Favela da Maré
A esperança não vem do mar
Nem das antenas de tevê
A arte é de viver da fé
Só não se sabe fé em quê
A esperança não vem do mar
Nem das antenas de tevê
A arte é de viver da fé
Só não se sabe fé em quê
A letra desta música representa um pouco da vida de meninos
e meninas de nossas comunidades tão queridas.
e meninas de nossas comunidades tão queridas.
Crianças que acreditam e sonham com dias melhores
e uma vida mais digna.
e uma vida mais digna.
Vejamos um pouco da história desta música:A canção faz um relato da dura realidade da vida nas favelas brasileiras, mais especificamente
nas cariocas (como presenciado no verso "a cidade que tem braços abertos num cartão-postal"), durante o período da intensa crise socioeconômica
que atingiu o país durante a década de 1980. No refrão, a canção faz um paralelo desta realidade com a da favela de Trenchtown, na Jamaica, e da
favela de Alagados, em Salvador, colocando-as num mesmo nível. A canção retrata a cidade do Rio de Janeiro como sendo um lugar com "punhos
fechados" e que "nega oportunidades" a seus moradores mais pobres, enquanto que essa interpretação pode ser expandida para todo o País
daquela época. Também é feita uma referência à popularização em massa dos aparelhos televisores naquele período, no verso "a esperança não
vem do mar, nem das antenas de tevê". A canção mostra ainda como a fé do brasileiro numa melhoria de sua qualidade de vida parece ter acabado
quase por completo durante essa época.
nas cariocas (como presenciado no verso "a cidade que tem braços abertos num cartão-postal"), durante o período da intensa crise socioeconômica
que atingiu o país durante a década de 1980. No refrão, a canção faz um paralelo desta realidade com a da favela de Trenchtown, na Jamaica, e da
favela de Alagados, em Salvador, colocando-as num mesmo nível. A canção retrata a cidade do Rio de Janeiro como sendo um lugar com "punhos
fechados" e que "nega oportunidades" a seus moradores mais pobres, enquanto que essa interpretação pode ser expandida para todo o País
daquela época. Também é feita uma referência à popularização em massa dos aparelhos televisores naquele período, no verso "a esperança não
vem do mar, nem das antenas de tevê". A canção mostra ainda como a fé do brasileiro numa melhoria de sua qualidade de vida parece ter acabado
quase por completo durante essa época.
Em “Alagados”, Herbert Viana faz uma crítica à situação de desumana de desigualdade social e ao que parece um capitalismo selvagem.
Como pano de fundo ele usou as imagens dos grandes bolsões de miséria, como a favela dos Alagados, em Salvador; a favela de Trenchtown, em Kingston, capital da Jamaica; e a favela da Maré, no Rio de Janeiro. Esta escolha é proposital, justamente para mostrar o contraste entre a alegria (estas três cidades são sinônimos de festa) e a tristeza (a situação deprimente dos moradores dessas favelas).
Ele mostra que para as pessoas que vivem nessas condições sub-humanas,e o amanhecer de um dia já é um grande desafio, pois o despertar lhes tira do mundo da fantasia (os sonhos) para as suas duras e miseráveis realidades, aqui exemplificadas por palafitas, trapiches e farrapos.
Herbert usou uma imagem forte: a figura do Cristo Redentor de braços abertos, tão explorada pelos governantes do Rio de Janeiro como um símbolo de acolhimento.
O trecho “a esperança não vem do mar, NEM das antenas de TV” garante que a resolução daqueles problemas não virá por qualquer uma dessas opções.
Assim, percebemos que ele usa o refrão para fazer um alerta àquelas pessoas: se elas quiserem realmente que a justiça social lhes seja feita, elas têm que ir à luta.
É necessário ter fé (a arte de viver baseia-se nela),
A ARTE DE VIVER DA PÉ, DA FÉ, DÁ POESIA, MÚSICA,
PINTURA, DÁ ESCULTURA E MODELAGEM,
DÁ FELICIDADE!
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